"Seria possível que os mortos, mesmo não estando mais em nosso mundo, se importem com o que aconteceu ou acontece com seus antigos corpos que ficaram para trás em sua longa jornada para o além?"
Segundo o Relato a seguir, isso pode acontecer!
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Isto aconteceu comigo em uma semana de setembro de 1997.
No início de uma semama, uma segunda-feira, comecei a ter estranhos sonhos com a minha avó materna que faleceu em janeiro de 1988.
O sonho era o seguinte:
"Chegava à noite na capela do cemitério onde ela estava sendo velada, como aconteceu na época do seu falecimento, mas com um diferencial: eu entrava sozinho sem ninguém no local, mas o local na época tinha outras pessoas e ao olhar minha avó no caixão, ela tinha as pernas levantadas em um ângulo de 90º graus para cima."
Ora, quando acordei na manhã seguinte e lembrei do sonho, até achei graça, pois achei algo maluco!
Mas o inexplicável foi que nas noites seguintes tive o mesmo sonho, e aquilo começou a me incomodar.
Na quinta-feira pela manhã, relatei à minha mãe os sonhos e até comentei que algo estava perturbando a minha avó, até falei com a minha mãe para irmos em alguma igreja rezar por ela.
Na sexta-feira o sonho mudou um pouco: eu chegava no cemitério pela manhã desembarcando de um ônibus da linha 634 (que nem passa neste lugar) e acontecia a mesma situação dos sonhos anteriores.
Então minha mãe, sem eu saber, relatou ao seu irmão o que estava acontecendo, e meu tio, que sem perda de tempo foi ao cemitério no final de semana ver se tinha acontecido alguma coisa no túmulo dela, e qual foi a surpresa, quando descobriui que a administração do cemitério cometeu um erro com sobrenomes homônimos e enterrou um homem estranho em cima do corpo da minha avó!
Meu tio então tomoui as providência e removeu a minha avó, que era mais antiga, para outro jazigo.
Quando meu tio foi na minha casa contar o caso, ele informou que tinha mudado a minha avó e que ela não estava mais no jazigo 51634 (o final do número do jazigo era o mesmo da linha de ônibus do meu sonho).
Depois disso nunca mais tive este sonho.
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Marcelo Campos
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